Nossa Árvore
A árvore da nossa vida
Textos

“ Este texto compõe o projeto Nossa Árvore; venha conhecer”

 

 

Depois que um pedaço da gente morre

 

Não morre o sabor do Chicabom

nem o carinho da brisa no rosto

 

Não morrem as ondas do mar

nem as espumas cobrindo a gente

 

Não morrem as estrelas no céu

nem o cheiro do capim na gente

deitada no mato

 

Não morrem as canções que a gente

canta como se fossem da gente

 

Não morre nada que nos fez feliz

Não morre nada que nos faz feliz

 

Todo texto do projeto Nossa Árvore é para algum descendente, por mais distante que esteja...

 

 Este poema, Samuel, é uma interação, uma resposta ao inspirado poema que segue abaixo, da poeta, artista plástica e editora, Vanessa Ângelo:

Como a gente faz?       (Vanessa Ângelo)

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra sentir o prazer de um picolé Chicabom derretendo na nossa boca?

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra se deleitar com a brisa

de uma tarde quente de verão

fazendo carinho em nosso rosto?

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra brincar com as ondas do mar

enfiar os pés na espuma branca

e sentir o corpo flutuar?

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra conseguir contar as estrelas no céu

deitados no mato

percebendo o cheiro de capim molhado?

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra voltar a cantar as canções de amor

como se fossem da gente?

 

Como a gente faz

depois que um pedaço da gente morre

pra voltar a ser feliz?

 

  Interação, Samuel, na verdade é a inspiração do outro brotando a sua, pólen ao vento de poema nascendo poema.

  Bem aderente ao ensinamento do talentoso pintor Vincent Van Gogh:

         Não extingua sua inspiração e sua imaginação; não se torne o escravo do seu modelo.

   Um bom conselho para quem faz e para quem aplaude, Samuel, siga-o também no seu tempo...

  Beijos do seu pentadecavô!

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Interação do poeta Jacó Filho!

Se o desejo me rende,

Não altero meus limites,

Por mais que o corpo grite,

Só amo quem me entende...

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Cláudio Bertini
Enviado por Cláudio Bertini em 13/08/2022
Alterado em 14/08/2022
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